quinta-feira, 8 de outubro de 2009

SERÃO "LESBICAS! MESMO?!

CONSIDERAÇÕES A PARTIR DE UMA VIVÊNCIA EM CASA DE RECUPERAÇÃO FEMININA...
O Dependente Químico vive em busca de prazer. É uma busca constante, de prazer. Ele substitui uma droga por outra até chegar, muitas vezes, ao “fundo do poço”, porque a insatisfação é grande e ele quer algo que lhe satisfaça.
Nas Comunidades Terapêuticas acontece, na maioria das vezes, nesa busca de satisfação, aquela compulsão que la fora existia pela droga de sua preferência, agora é por comida. Comem “montanhas” de alimentos a cada refeição, é necessário que alguém o esteja controlando senão não para mais de comer.
Outros, se atiram ao trabalho, querem estar a toda hora ocupados, porque algo lhe falta, e querem preencher. Na falta de opção, dedicam-se ao máximo ao trabalho, estão sempre à procura de alguma coisa pra fazer.
Alguns, sentem prazer em dormir. Se deixar...dormem o dia inteiro. É o seu prazer!!

Hum! No universo feminino acabam acontecendo algumas coisas a mais. A mulher, por natureza, tem liberdade de tocar uma á outra. É comum os abraços, beijinhos no rosto...quando há empatia, o grau de amizade se eleva rapidamente, se tornam confidentes, e o prazer é estar perto uma da outra. E essa amizade acaba sendo visto com naturalidade, e até elas mesmas, no começo nem percebem que estão juntas demais. A relação vai se estreitando, e a partir do toque, do olhar... da insatisgação da vida...da busca de prazer...começam perceber que o toque uma da outra gera prazer diferente. E passam a buscar cada vez mais estarem sempre perto em todas a ocasiões, e até à noite uma passa para a cama da outra...quando se dão conta uma relação sexual foi estabelecida.
Independente do olhar de censura, por motivos regiosos, morais, etc., temos que ver essa causa com carinho, porque pode tornar-se um problema social.
Por que um problema social?
Respeitar a opção de cada um é o que temos de fazer. Mas, aqui há outro fator a ser estudado e solucionado: a opção por falta de opção!
Muitas delas têm sua primeira experiência numa Comunidade Terapêutica, onde foram pra se tratar de uma serie de problemas que as levaram ao alcoolimo e às drogas ilícitas.
Muitas dessas mulheres são casadas, têm filhos pequenos. uma família constituída. Ela não optou viver com outa mulher “maritalmente”. Ela apenas estava em busca de prazer e encontrou na companheira o prazer, inclusive pra ajudá-la a vencer as dores, as angústias que sentem todos os residentes de uma Comunidade Terapêutica.
Agora ela pode ter mais um problema porque, tanto ela pode se apegar de fato, a essa outra mulher que também é casada, mãe de filhos, e também tem uma família constituída, e que foi vítima da mesma circunstância que ela. Ela pode ter seu casamento abalado, que era, aparentemente, estável; pode ter sua vida familiar ameaçada...Ela pode vir a ter inúmeros problemas emocionais e sociais, e só perceber mais tarde, que não era nada disso que ela queria , que ela estava apenas em busca de prazer, de satisação, de se sentir bem, e que tudo aquilo foi um grande equívoco.
Outo problema que ocorre é o prejuízo à própria recuperação das 2 mulheres envolvidas; de uma 3a., que muitas vezes ocorrem cenas de ciúmes. Às vezes está na Casa uma homossexual assumida e pode causar problemas com aquela que era sua preferida.
E por parte das demais ococrre: inconformismo, porque não aceitam esse tipo de situação; fofocas, “disse-que-disse”.
Consequentemente, acaba afetando a Casa toda, principalmente porque as Comunidades Terapeutica femininas trabalham com poucas mulheres, e fica fácil de ser descoberto problema desse tipo.

Por que essa “tese”? As Comunidades Terapêuticas devem ficar atentas para a questão da programação da Casa. “Mente desocupada é oficina do diabo”, não é assim o dito popular? Então, as residentes devem ter seu tempo preenchido com atividades úteis e prazerosas, de lazer, recreação, esporte, atividades físicas, dinâmicas, reflexões, auto-ajuda, acompanhamento picológico e se necesário psiquiátrico, social, enfim, uma programação dinâmica.
A alimentação precisa ser adequada. Não sou nutricionista, não entendo de aliamentos, mas há alimentos que são afrodisíacos e devem ser evitados ou consumidos em poucas quantidades e com pouca frequência. As atividades espirituais precisam ser sábias, dirigidas, aplicadas à problemática da mulher dependente química, e não uma atividade geral que não passe nada especial que a mulher em recuperação precisa ouvir.
Deve haver ótimo entrosamente entre a equipe técnica para detectarem problemas e buscarem minimizá-los, se não for possível resolvê-los.
Elas podem não ser, mas poderão vir a ser!! Preconceito? Não! Prevenção de outros problemas onde já existem vários.
Se pudermos ajudar, vamos ajudar. Se não pudermos, não vamos, também, piorar as coisas!

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